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A prevalência de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares tem crescido significativamente entre a população brasileira, especialmente entre as mulheres negras à medida que envelhecem. Essa realidade alarmante exige atenção e ações efetivas por parte dos sistemas de saúde e da sociedade como um todo.
As mulheres negras são desproporcionalmente afetadas por essas condições crônicas, devido a uma combinação de fatores complexos que incluem predisposição genética, histórico familiar, estilo de vida, acesso limitado a serviços de saúde de qualidade e o impacto do racismo estrutural e da desigualdade social.
A hipertensão, conhecida como “pressão alta”, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Estudos demonstram que a prevalência de hipertensão é maior entre mulheres negras do que entre mulheres brancas, e essa diferença se acentua com o avançar da idade.
O diabetes tipo 2, caracterizado pela resistência à insulina e níveis elevados de açúcar no sangue, também é mais comum entre mulheres negras, especialmente aquelas com histórico familiar da doença. O diabetes aumenta o risco de complicações como doenças renais, problemas de visão e amputações.
As doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca, são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil, e as mulheres negras são mais propensas a desenvolver essas condições em idades mais jovens e a apresentarem desfechos mais graves.
Para enfrentar esse desafio, é fundamental investir em políticas públicas de saúde que promovam a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas doenças crônicas, com foco especial nas necessidades das mulheres negras. É preciso garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade, com profissionais capacitados para atender às particularidades dessa população, e combater o racismo e a desigualdade social, que são fatores determinantes para a saúde e o bem-estar das mulheres negras.