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A China implementou uma política educacional há seis anos que estabelece que apenas metade dos estudantes do ensino fundamental podem prosseguir para o ensino médio acadêmico no país. Esse cenário tem gerado preocupação e incerteza para muitos pais chineses.
Joey Lu, por exemplo, submeteu-se a um rigoroso regime de estudos adicionais após sua jornada regular na escola. Contudo, isso não foi suficiente para garantir sua vaga em uma escola de ensino médio acadêmico em Guangzhou, cidade do sul da China. Muitas famílias, semelhantemente, encontram-se em encruzilhadas similares devido à política educacional de 2017, que visava direcionar cerca de metade dos formandos do ensino fundamental para escolas vocacionais, visando fortalecer a força de trabalho especializada.
Embora a China seja reconhecida por seu alto número de graduados universitários, a demanda por trabalhadores qualificados tem crescido, levando ao crescimento do sistema educacional vocacional. No entanto, isso tem levado a um aumento nos custos para os pais, que estão cada vez mais investindo em tutorias privadas, apesar das restrições governamentais recentes.
Para muitos pais de classe média, o ensino universitário ainda é visto como essencial para a mobilidade social. Assim, eles estão explorando opções no exterior, como Hong Kong, Sudeste Asiático ou Canadá, buscando alternativas educacionais para seus filhos. Este movimento, no entanto, implica grandes custos e pressões adicionais para as famílias.
O cenário educacional na China também influencia as decisões demográficas. O país já enfrenta uma baixa taxa de natalidade, com as famílias preocupadas com os altos custos associados à educação.
Dong Shige, especialista em educação, observa que a política educacional chinesa está evoluindo rapidamente, com maior ênfase no ensino vocacional. Em cidades como Shenzhen e Guangzhou, famílias de classe média estão investindo mais em educação devido à competitividade para a admissão em escolas públicas.
A política educacional da China tem levado as famílias a tomar decisões difíceis sobre a educação de seus filhos, aumentando a pressão acadêmica e os custos associados. Como resultado, muitos estão considerando opções educacionais no exterior como um plano B para garantir o futuro educacional de seus filhos.