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“Corpo de Baile”, obra de João Guimarães Rosa, é um conjunto de novelas que nos transporta para o sertão brasileiro. Neste texto, exploraremos sua unidade, a dimensão estética e a relação entre literatura e linguagem.
- Experiência Estética e Hermenêutica
- A recepção crítica de “Corpo de Baile” pode ser compreendida à luz do conceito de experiência estética formulado por Jauss. A obra exalta tanto a literatura quanto o próprio corpo da linguagem.
- A hermenêutica literária nos permite interpretar esse ciclo narrativo como um ciclo poético, em que forma e crítica se fundem em um único objeto estético. Guimarães Rosa desafia uma estética centrada no autor, convidando-nos a mergulhar na dimensão estética da obra.
- O Sertão como Universo Comum
- O sertão de “Corpo de Baile” é um universo compartilhado, com dimensões geográficas, econômicas, sociais, temporais, culturais e existenciais. É nesse cenário vasto que os personagens buscam seus destinos.
- A dança e a música permeiam as narrativas, criando uma atmosfera única e simbólica. O sertão é mais do que um pano de fundo; é um protagonista que influencia e transforma os indivíduos.
- Unidade e Transformação
- Inicialmente composto de dois volumes com sete novelas, “Corpo de Baile” passou por edições posteriores que o dividiram em três livros menores: “Manuelzão e Miguilim”, “No Urubuquaquá, no Pinhém” e “Noites do Sertão”.
- Cada história, mesmo independente, contribui para a unidade do livro. Guimarães Rosa nos conduz por um mundo em transformação, onde mitos, misticismo e questões histórico-sociológicas se entrelaçam.
“Corpo de Baile” é uma dança literária que transcende o espaço e o tempo. Guimarães Rosa nos convida a interpretar sua obra, não apenas como leitores, mas como participantes ativos da experiência estética que ela oferece.