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A xilogravura, técnica de gravura em madeira, é uma forma de arte popular com raízes em diferentes culturas do mundo. Cada país e região desenvolveu seu próprio estilo e linguagem visual, expressando suas crenças, costumes e valores através da xilogravura.
China: A xilogravura tem uma longa história na China, datada do século VI d.C. Era utilizada para imprimir livros, imagens religiosas e anúncios. A técnica influenciou a arte oriental e ocidental, com suas características únicas como a utilização de linhas finas e precisas.
Japão: A xilogravura japonesa, conhecida como “ukiyo-e”, floresceu no século XVII. As gravuras ukiyo-e retratavam paisagens, cenas da vida cotidiana, gueixas e samurais. A técnica se destaca pelas cores vibrantes e composições inovadoras, influenciando artistas como Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
Europa: A xilogravura na Europa teve um papel importante na difusão de conhecimento durante a Idade Média. Era utilizada para imprimir livros, panfletos e imagens religiosas. A técnica se desenvolveu com Albrecht Dürer e Hans Holbein, que criaram obras de grande qualidade artística.
América Latina: A xilogravura chegou à América Latina com os colonizadores espanhóis e portugueses. No México, José Guadalupe Posada utilizou a técnica para satirizar a sociedade e a política. No Brasil, a xilogravura se popularizou no Nordeste, com J. Borges e Mestre Noza, retratando a cultura popular e o cordel.
Juazeiro do Norte: Juazeiro do Norte, no Ceará, é um importante centro de produção de xilogravura no Brasil. A cidade é conhecida pelas gravuras de temática religiosa, principalmente relacionadas ao Padre Cícero. A xilogravura de Juazeiro do Norte é caracterizada pelas cores fortes e pela expressividade das figuras.