Política de cotas: democratização do ensino superior

A política de cotas para o acesso ao ensino superior é uma importante ferramenta para a democratização da educação no Brasil. Ela visa a garantir que estudantes de grupos historicamente desfavorecidos, como pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência, tenham oportunidades iguais de ingressar na universidade.

Até a implementação da Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012), o ensino superior brasileiro era dominado por estudantes de classes sociais mais altas. Isso se deve a uma série de fatores, como a desigualdade de acesso à educação básica, a falta de oportunidades econômicas e a discriminação racial e étnica.

A política de cotas tem contribuído para a redução dessas desigualdades. Segundo dados do Ministério da Educação, entre 2013 e 2022, a proporção de estudantes negros e pardos nas universidades federais passou de 46,2% para 56,8%. No mesmo período, a proporção de pessoas com deficiência passou de 0,5% para 2,8%.

Além de aumentar a diversidade das universidades, a política de cotas também tem impactos positivos na vida dos estudantes cotistas. Estudos mostram que eles têm maior probabilidade de se formar e de ingressar no mercado de trabalho.

A política de cotas é uma medida fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ela contribui para a democratização do ensino superior e para a redução das desigualdades sociais.