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Na década de 1970, o teatro brasileiro passou por uma fase de grande efervescência artística e cultural, que marcou a história da cena teatral brasileira. Foi um período marcado por uma busca por uma linguagem teatral mais livre, experimental e politizada, em resposta ao contexto político e social do país na época, que era de forte repressão política e de luta por direitos civis.
O teatro de grupo foi um dos principais movimentos teatrais da década, com a criação de diversas companhias teatrais independentes que buscavam uma linguagem teatral mais livre e ousada, como o Grupo Tapa, o Teatro Oficina, o Teatro de Arena, o Teatro da Vertigem, entre outros. Esses grupos produziram espetáculos marcantes, como “Roda Viva”, de Chico Buarque, encenado pelo Teatro Oficina, e “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, montado pelo Teatro de Arena.
Outra característica marcante do teatro na década de 1970 foi a proliferação de festivais e mostras teatrais, como o Festival de Teatro de Curitiba, que foi criado em 1972, e o Festival de Teatro de São José do Rio Preto, criado em 1970. Esses eventos ajudaram a disseminar a produção teatral por todo o país e a dar visibilidade a novos talentos.
A década de 1970 também foi marcada pelo surgimento de novos dramaturgos e encenadores, como Augusto Boal, José Celso Martinez Corrêa, Antônio Abujamra, Maria Clara Machado, entre outros, que influenciaram profundamente a cena teatral brasileira e contribuíram para a consolidação do teatro como uma das principais formas de expressão artística no país.