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O ensino superior brasileiro demonstrou resiliência em 2022, com um aumento de 5,1% nas matrículas, segundo o Mapa do Ensino Superior divulgado pelo Instituto Semesp. Este crescimento, especialmente significativo após os desafios impostos pela pandemia de Covid-19, indica uma retomada da busca por qualificação profissional e acadêmica.
O destaque fica para a rede privada, que registrou um aumento ainda mais expressivo de 6,6% nas matrículas. Os cursos na área de Tecnologias da Comunicação e da Informação lideraram o crescimento, com um salto de 28,1%, refletindo a crescente demanda por profissionais qualificados nesse setor em constante expansão.
Apesar do cenário otimista de crescimento, a evasão escolar continua sendo um desafio para o ensino superior no Brasil. As taxas de desistência, que chegam a 60,8% no ensino presencial e 64,9% em cursos a distância, representam um problema que precisa ser enfrentado com urgência.
Diversos fatores contribuem para a evasão, como dificuldades financeiras, falta de apoio institucional, desmotivação e inadequação do curso às expectativas dos estudantes. A pandemia de Covid-19 também agravou a situação, com o ensino remoto e a crise econômica impactando a permanência dos alunos na universidade.
Para reverter esse quadro, é fundamental que as instituições de ensino superior invistam em ações de acolhimento e acompanhamento dos estudantes, oferecendo suporte financeiro, pedagógico e psicológico. Além disso, é preciso repensar as metodologias de ensino, tornando-as mais atrativas e relevantes para o mercado de trabalho.
O aumento das matrículas no ensino superior é um sinal positivo para o desenvolvimento do país, mas é preciso garantir que os estudantes concluam seus cursos e se tornem profissionais qualificados. A redução da evasão escolar é um desafio que exige a colaboração de toda a sociedade, desde as instituições de ensino até o poder público e as empresas.
