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A reorganização de empresas para aumentar a lucratividade é um tema bastante relevante no mundo dos negócios, especialmente em momentos de crise econômica e competitividade acirrada. Uma das estratégias mais comuns adotadas pelas empresas é a redução de altos salários e a diminuição de distâncias na organização, visando reduzir custos e aumentar a eficiência. No entanto, essa abordagem pode apresentar desafios e limitações, bem como consequências indesejáveis.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a redução de salários pode gerar insatisfação entre os funcionários, diminuindo a motivação e o engajamento no trabalho. Além disso, pode levar a uma perda de talentos, pois profissionais qualificados podem buscar outras oportunidades que ofereçam melhores condições de trabalho e remuneração. Ainda assim, em alguns casos, a redução salarial pode ser necessária para manter a sustentabilidade financeira da empresa.
Outra abordagem comum é a redução de distâncias na organização, que visa eliminar camadas hierárquicas e burocracias desnecessárias, para tornar a empresa mais ágil e eficiente. Essa estratégia pode ajudar a aumentar a produtividade e a reduzir custos, mas também pode gerar desafios no que diz respeito ao gerenciamento de equipes e à tomada de decisões. Sem a estrutura hierárquica tradicional, pode ser mais difícil garantir a coordenação e a comunicação efetiva entre os diferentes setores da empresa.
Um caso de sucesso na reorganização de empresas para aumentar a lucratividade é o da Zappos, empresa de venda de calçados online. Em 2015, a empresa implementou o conceito de “holacracia”, uma forma de organização sem chefes e com equipes auto-gerenciadas, que tem como objetivo aumentar a agilidade e a eficiência. Após a reorganização, a empresa conseguiu reduzir custos, aumentar a satisfação do cliente e melhorar a produtividade.
Por outro lado, há casos de insucesso na reorganização de empresas. Um exemplo é o da Kodak, que, após anos de liderança no mercado de fotografia, foi incapaz de se adaptar às mudanças tecnológicas e perdeu sua posição de destaque. A empresa tentou reorganizar-se para enfrentar a concorrência, mas foi incapaz de se reinventar e acabou falindo.
Pesquisadores e pensadores da área de administração de empresas e recursos humanos têm contribuído para o debate sobre a reorganização de empresas. Henry Mintzberg, por exemplo, defende a importância da estrutura organizacional na efetividade da empresa, argumentando que a estrutura deve ser adequada aos objetivos e às características da organização. Já Gary Hamel, um dos principais pensadores de gestão estratégica, argumenta que as empresas devem ser capazes de se reinventar continuamente, para enfrentar os desafios do mercado.