Como estão as pesquisas científicas sobre a origem do TEA?

Getting your Trinity Audio player ready...

As pesquisas científicas sobre a origem do Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm avançado significativamente nos últimos anos, mas ainda há muito a ser descoberto sobre as causas do transtorno.

 

Uma das principais áreas de pesquisa é a genética. Vários estudos indicam que o TEA tem uma forte base genética, com uma possível contribuição de múltiplos genes. Estudos genômicos em larga escala, como o Simons Simplex Collection e o Autism Sequencing Consortium, têm ajudado a identificar genes específicos que podem estar relacionados ao TEA. No entanto, a influência genética é complexa e muitos dos genes identificados ainda precisam ser estudados em mais detalhes.

 

Além disso, há cada vez mais evidências de que fatores ambientais também podem desempenhar um papel no desenvolvimento do TEA. Estudos têm investigado a exposição pré-natal a toxinas, como o mercúrio, e outros fatores ambientais, como complicações no parto e infecções maternas durante a gravidez. No entanto, esses estudos são complexos e os resultados são frequentemente inconsistentes.

 

Outra área de pesquisa é a neurociência. Estudos de imagem cerebral têm revelado diferenças na estrutura e na conectividade cerebral em indivíduos com TEA, especialmente nas regiões associadas ao processamento social. No entanto, ainda há muito a ser descoberto sobre como essas diferenças na estrutura e na função cerebral estão relacionadas ao TEA.

 

É provável que a origem do TEA seja multifatorial, envolvendo interações complexas entre fatores genéticos, ambientais e neurobiológicos.