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A bissexualidade é uma orientação sexual que caracteriza pessoas que se sentem atraídas por pessoas de ambos os sexos. Por muito tempo, essa orientação foi considerada uma escolha ou resultado de fatores ambientais. No entanto, um novo estudo publicado na revista Science Advances sugere que a bissexualidade é, na verdade, inata e vantajosa para a reprodução.
O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Michigan, analisou dados genéticos de mais de 450 mil pessoas de ascendência europeia. Os pesquisadores descobriram que pessoas bissexuais compartilham variantes genéticas que estão associadas a uma maior tomada de riscos e a um maior número de filhos.
Essas descobertas sugerem que a bissexualidade pode ter sido selecionada ao longo da história por ser vantajosa para a reprodução. Pessoas bissexuais podem ter sido mais propensas a se envolver em relações com pessoas de ambos os sexos, o que aumentava suas chances de procriar.
O estudo também descobriu que os marcadores genéticos associados à bissexualidade são mais comuns em homens heterossexuais. Isso sugere que esses marcadores podem ter sido transmitidos por homens heterossexuais que tiveram filhos com mulheres bissexuais.
Os resultados do estudo fornecem novas evidências de que a bissexualidade é uma orientação sexual inata. Essas descobertas também podem ajudar a entender melhor a evolução da sexualidade humana.
- A bissexualidade é uma orientação sexual que está relatada há séculos. Há registros de bissexuais na história de muitas culturas diferentes.
- No entanto, a bissexualidade só começou a ser reconhecida como uma orientação sexual válida no século XX. Antes disso, muitas pessoas bissexuais eram forçadas a se esconder ou a se identificar como heterossexuais.
- O estudo publicado na Science Advances é um importante passo para a compreensão da bissexualidade. Ele fornece evidências científicas de que essa orientação sexual é inata e vantajosa para a reprodução.