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Em uma conquista histórica para a saúde pública brasileira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a eliminação da filariose linfática, popularmente conhecida como elefantíase, como problema de saúde pública no Brasil. O último caso da doença, causada pelo verme Wuchereria Bancrofti e transmitida pelo mosquito Culex quiquefasciatus, foi registrado em 2017 na região metropolitana do Recife.
A elefantíase é uma doença debilitante que pode causar inchaço crônico e deformidades nos membros, seios e órgãos genitais. O Brasil se junta a um grupo seleto de 20 países que conseguiram eliminar a doença como problema de saúde pública, consolidando sua posição como o 53º país a eliminar pelo menos uma doença tropical negligenciada.
A OMS atribuiu o sucesso brasileiro a um esforço conjunto de 20 anos, que incluiu a administração em massa de medicamentos antiparasitários, controle de vetores e vigilância epidemiológica. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, parabenizou o Brasil por sua conquista e expressou esperança de que o sucesso do país inspire outras nações a combater a filariose linfática.
Globalmente, 657 milhões de pessoas em 39 países ainda necessitam de tratamento em massa contra a doença. A OMS tem como meta eliminar pelo menos 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030. A eliminação da elefantíase no Brasil representa um passo significativo na direção dessa meta e um marco na história da saúde pública nacional.