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A bioestatística desempenha um papel fundamental na construção do conhecimento científico em saúde, atuando como uma ponte entre a coleta de dados e a interpretação de resultados. Ela fornece as ferramentas e métodos necessários para analisar e interpretar informações provenientes de pesquisas, ensaios clínicos e estudos epidemiológicos, transformando números em evidências concretas que embasam a prática clínica e a tomada de decisões em saúde.
Através da bioestatística, é possível:
- Planejar pesquisas: Definir o tamanho da amostra, escolher os métodos de coleta de dados e estabelecer critérios de análise para garantir a validade e a confiabilidade dos resultados.
- Analisar dados: Aplicar testes estatísticos para identificar padrões, tendências e associações entre variáveis, quantificando a incerteza e o risco associados às conclusões.
- Interpretar resultados: Traduzir os achados estatísticos em linguagem clara e acessível, comunicando as implicações práticas para a saúde e a tomada de decisão clínica.
- Avaliar a qualidade da evidência: Analisar criticamente os estudos científicos, considerando o desenho do estudo, o controle de vieses e a força da associação entre as variáveis.
A bioestatística é essencial para a prática da Medicina Baseada em Evidências (MBE), que preconiza que as decisões em saúde devem ser fundamentadas nas melhores evidências científicas disponíveis. A bioestatística permite avaliar a qualidade e a relevância dessas evidências, auxiliando os profissionais de saúde a escolherem os tratamentos mais eficazes e seguros para seus pacientes.
