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Em “A Paixão Segundo G.H.”, Clarice Lispector nos convida a acompanhar a jornada de G.H., uma mulher em crise existencial. A narrativa, em fluxo de consciência, nos mergulha nos pensamentos e sentimentos mais profundos da protagonista, revelando sua angústia diante do vazio da existência.
O encontro com uma barata em seu quarto desencadeia uma série de reflexões sobre a vida, a morte, a identidade e a relação com o outro. A barata, símbolo do grotesco e do desconhecido, torna-se um catalisador para a transformação de G.H., que se vê confrontada com a fragilidade da vida e a própria animalidade.
A linguagem de Clarice Lispector, poética e fragmentada, reflete a intensidade da experiência de G.H. A narrativa não linear e a ausência de respostas definitivas convidam o leitor a participar ativamente da construção de sentido da obra.
“A Paixão Segundo G.H.” é um romance que transcende o tempo e o espaço, abordando temas universais como a busca pela identidade, a solidão e o significado da existência. A obra de Clarice Lispector continua a provocar e desafiar os leitores, convidando-os a uma jornada de autodescoberta e questionamento.