Aduaneira: Uma Jornada Etimológica Através do Tempo e Espaço

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A palavra “aduaneira”, presente na língua portuguesa e em diversos outros idiomas, guarda em si uma rica história e um trajeto etimológico intrigante. Sua origem remonta ao mundo árabe medieval, atravessando fronteiras linguísticas e geográficas para se tornar um termo essencial no contexto do comércio internacional e das alfândegas. Embarque em uma jornada etimológica para desvendar os segredos por trás dessa palavra e entender como ela se adaptou ao longo do tempo, refletindo as mudanças nas relações comerciais e na organização dos estados.

Introdução:

Ao mencionarmos “aduaneira”, logo nos remetemos ao universo das alfândegas, do comércio internacional e da burocracia aduaneira. Mas de onde essa palavra surgiu? Qual a sua história e evolução ao longo dos séculos? Desvendar a etimologia de “aduaneira” nos leva a uma viagem fascinante por diferentes culturas e idiomas, revelando a interconexão entre o passado e o presente do comércio mundial.

Raízes Árabes:

A palavra “aduaneira” tem suas raízes no termo árabe “al-diwân”, que significa “tribunal” ou “casa de governo”. No contexto da administração pública islâmica medieval, o “diwân” era responsável pela cobrança de impostos e taxas, incluindo aqueles cobrados sobre bens importados e exportados.

Espanhol e a Mudança de Significado:

Com a expansão árabe na Península Ibérica, o termo “diwân” foi incorporado ao idioma espanhol na forma “aduana”. No entanto, o significado da palavra se modificou, passando a designar especificamente o local onde se cobravam impostos sobre o comércio internacional, ou seja, a alfândega.

Português e a Adoção do Termo:

Através do contato comercial com a Espanha, o termo “aduana” foi adotado pelo idioma português, assumindo a mesma função que no espanhol: designar a alfândega e os procedimentos relacionados à importação e exportação de mercadorias.

Evolução Linguística e Adaptação:

Ao longo do tempo, a palavra “aduaneira” passou por diversas adaptações ortográficas e fonéticas, mas sempre preservando seu significado original. No português brasileiro, por exemplo, a pronúncia mais comum é “aduanêra”, enquanto em Portugal a pronúncia predominante é “aduanéira”.

A palavra “aduaneira”, com sua origem árabe e adaptação em diferentes idiomas, reflete a complexa história do comércio internacional e da organização dos estados. Sua trajetória etimológica nos permite compreender como diferentes culturas se entrelaçaram e como o vocabulário se adaptou para acompanhar as mudanças nas práticas comerciais. Através da etimologia, podemos desvendar as camadas de significado que as palavras carregam, conectando o passado ao presente e evidenciando a interconexão entre as culturas e as línguas.