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Em dezembro, um episódio chocante evidenciou a vulnerabilidade das mulheres na Índia, gerando ampla revolta. Um grupo invadiu a residência de Sasikala, uma nome fictício de uma mulher real de 42 anos, na aldeia de Hosa Vantamuri, no Estado de Karnataka. Submetida a humilhações, ela foi despojada e forçada a marchar nua pela comunidade. Posteriormente, foi amarrada a um poste e brutalmente agredida, e estuprada coletivamente, tudo isso porque seu filho de 24 anos havia fugido com uma jovem de 18, comprometida com outro homem.
Este horrendo incidente não é isolado. Especialistas e ativistas de direitos de gênero na Índia ressaltam a inadequação da legislação local para abordar tais atrocidades. A cultura de silêncio prevalece, pois muitas agressões contra mulheres não são reportadas devido à vergonha e ao estigma associados. As famílias frequentemente evitam denunciar, pois é percebido como uma questão de honra. Além disso, as vítimas enfrentam um sistema que não oferece o suporte necessário para denúncias e proteção.
Em resposta ao episódio recente, diversas detenções foram realizadas, incluindo a suspensão de um policial por negligenciar suas responsabilidades. Contudo, incidentes similares têm sido destaque na mídia indiana nos últimos anos, ilustrando a urgente necessidade de reformas legais e uma cultura de apoio às sobreviventes.