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Descobertas arqueológicas em Israel mostram que o Homo erectus, ancestral do Homo sapiens, era mais inteligente e adaptável do que se imaginava.
Ferramentas de pedra lascada encontradas em cavernas israelenses revelam que hominídeos já fabricavam utensílios há pelo menos 400 mil anos. A descoberta é surpreendente por alguns motivos:
- Antigüidade: As ferramentas, conhecidas como “raspadores de Quina”, são mais antigas que os primeiros Homo sapiens, que surgiram na África há cerca de 300 mil anos.
- Adaptabilidade: Elas indicam que o Homo erectus, espécie que habitava a região na época, desenvolveu novas tecnologias para caçar presas menores e mais ágeis, como os gamos, após mudanças no ecossistema local.
- Planejamento: As ferramentas eram feitas com pedras obtidas a 20 km de distância das cavernas, sugerindo capacidade de planejamento e conhecimento do território.
Mudanças no Ecossistema e Inovação Tecnológica:
Originalmente, a região era habitada por grandes mamíferos, como elefantes. O Homo erectus utilizava ferramentas específicas para caçar esses animais. Mudanças climáticas e a ação dos próprios hominídeos levaram à diminuição da população de grandes mamíferos.
Diante da necessidade de adaptar-se a presas menores e mais rápidas, o Homo erectus desenvolveu os raspadores de Quina, ferramentas mais adequadas para abater, cortar e processar carne e pele de animais como os gamos.
A Importância da Descoberta:
Essa descoberta desafia a visão tradicional do Homo erectus como um hominídeo primitivo e pouco inteligente. As ferramentas de 400 mil anos demonstram capacidade de adaptação, planejamento e inovação tecnológica, qualidades essenciais para a sobrevivência em um ambiente em constante mudança.