Você está comendo 121 mil partículas de microplástico por ano?

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Um novo estudo revela que ingerimos dezenas de milhares de partículas de microplásticos por ano, vindas principalmente de frutos do mar, água engarrafada e alimentos embalados em plástico. Os impactos dessa ingestão na saúde humana ainda são incertos e requerem mais pesquisas.

O problema dos microplásticos:

O plástico descartado nos oceanos se fragmenta em microplásticos, pequenas partículas que contaminam a água e os organismos marinhos. Através da cadeia alimentar, esses microplásticos chegam até nós, humanos.

Resultados do estudo:

  • Cientistas da Universidade de Victoria, no Canadá, analisaram 26 estudos sobre a presença de microplásticos em diversos alimentos e estimaram a ingestão anual dessas partículas.
  • A ingestão varia de 74 mil a 121 mil partículas por ano, dependendo da idade e sexo.
  • Crianças ingerem menos microplásticos que adultos, e mulheres ingerem menos que homens.
  • Água engarrafada contém mais microplásticos que água da torneira.

Microplásticos nas fezes:

Um estudo anterior já havia comprovado a presença de microplásticos nas fezes humanas, confirmando que nosso corpo está absorvendo essas partículas.

Efeitos no corpo humano:

  • Ainda não há conclusões definitivas sobre os efeitos dos microplásticos na saúde humana.
  • Estudos em animais sugerem potenciais danos aos organismos.
  • Microplásticos podem causar obstruções no trato digestivo e liberar substâncias tóxicas durante a digestão.
  • Alguns tipos de plástico contêm componentes que podem ser cancerígenos ou afetar o sistema hormonal.

Preocupação e necessidade de mais estudos:

Especialistas demonstram preocupação com a quantidade de microplásticos que estamos ingerindo e ressaltam a necessidade de mais pesquisas para compreender os efeitos a longo prazo no corpo humano.

A contaminação por microplásticos é uma realidade que afeta a todos nós. É importante estarmos conscientes dessa problemática e buscar alternativas para reduzir o consumo de plástico e a geração de lixo. Mais estudos são cruciais para avaliar os riscos à saúde humana e orientar políticas públicas para combater a poluição por plástico.