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Em meio às tensões políticas nos EUA, redes de usuários no X, anteriormente Twitter, têm lucrado com a publicação de conteúdos polarizadores e desinformação sobre as eleições americanas. As contas, divididas em grupos pró-Trump e pró-Harris, operam com técnicas coordenadas de compartilhamento que amplificam o alcance de imagens manipuladas, teorias conspiratórias e afirmações infundadas. Relatórios apontam que essas redes, utilizando também imagens criadas por inteligência artificial (IA), geram lucros expressivos em meio ao período eleitoral.
Investigações da BBC revelam que o X, ao contrário de outras plataformas, não possui regras claras para desmonetizar contas que disseminam desinformação. A partir de uma recente mudança em sua política de monetização, as contas verificadas podem receber pagamentos baseados no engajamento de usuários premium, o que incentiva postagens sensacionalistas. O “Freedom Uncut”, um usuário do X que publica conteúdos pró-Trump, afirmou à reportagem que suas postagens com uso de IA e teor satírico têm atraído milhões de visualizações e lhe garantem uma receita mensal de milhares de dólares. A tática é comum: publicações provocativas são deliberadamente amplificadas para obter lucro.
Entre as postagens controversas estão acusações de fraude eleitoral sem comprovação, teorias de pedofilia e ataques à integridade de candidatos. Especialistas alertam que o incentivo ao engajamento sem filtros adequados de veracidade eleva os riscos de impacto nas eleições americanas.